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Nyusi nega ter pedido ajuda externa para resolver o problema de dívida de Moçambique

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O Presidente da República, Filipe Nyusi, asseverou que a sua visita de Estado à China não tinha como objectivo pedir ajuda para resolver o problema de dívida externa que Moçambique enfrenta.

Falando na cidade de Jinan, no término de uma visita de seis dias à China, Nyusi fez questão de frisar que a sua deslocação já havia sido agendada muito antes de o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter suspendido a assistência financeira a Moçambique, na sequência da descoberta de empréstimos acima de um bilião de dólares com garantias do governo.

Não. Nós não viemos aqui para pedir ajuda para pagar as nossas dívidas!”, disse Nyusi, para de seguida vincar que ‘esse é um problema de Moçambique e nós não estamos a pedir as outras pessoas para resolver‘.

Efectivamente, existe dinheiro disponível na China – um fundo no valor de 60 mil milhões de dólares para todo o continente africano e que foi anunciado no ano passado. Este fundo consiste em cinco biliões de dólares para doações, 35 bilhões para empréstimos concessionais e 20 bilhões para iniciativas do sector privado. Por isso, se Moçambique quiser beneficiar deste financiamento basta apresentar projectos viáveis.

Questionado se a declaração de uma ‘Parceria Estratégica Global’ entre Moçambique e China não poderia irritar os Estados Unidos, sobretudo tendo em conta a guerra tarifária entre os EUA e aquele gigante asiático (a visita de Nyusi coincide com o anúncio dos EUA de um aumento de 550 por cento nas tarifas do aço importado da China), Nyusi respondeu que a parceria não tem como alvo atingir outros países.

‘Somos amigos dos americanos’, disse o estadista moçambicano, para de seguida explicar que ‘também temos uma parceria com os americanos.’

Disse não acreditar que questões tarifárias sejam um indicador da existência de um conflito mais profundo entre a China e os EUA. Aliás, existe ‘um bom relacionamento’ entre os presidentes de ambos os países, Xi Jinping e Barack Obama.

Ressaltou que a China não interfere nos assuntos internos de seus parceiros, incluindo Moçambique. Antes pelo contrário, o governo chinês acredita que ‘o destino de Moçambique é uma questão dos próprios moçambicanos’.

Nyusi aproveitou a oportunidade para enaltecer a participação dos deputados das bancadas parlamentar da Frelimo, partido no poder e do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), o segundo maior partido da oposição a China.

‘Eles mostraram uma atitude patriótica, e um sentido de Estado’, disse.

A Renamo, o maior partido da oposição, decidiu boicotar a visita.

AIM