O Ministro do Interior, Ângelo da Veiga Tavares, afirmou, quarta-feira, em Luanda, que algumas tentativas de organização de manifestações no país visam fundamentalmente confrontar as autoridades.
O ministro acusou diplomatas, que não identificou, de “instigarem” um clima de rebelião para “permitir a intervenção do Ocidente”. Ângelo da Veiga Tavares afirmou ainda que o preso político Luaty Beirão, que efectuou greve de fome durante 36 dias, não estava tão mal como se dizia.
O ministro realçou que, regra geral, as manifestações vêm já “acarretadas de vícios e violando, à partida, o que está previsto na lei”.
“Quando se pede ou se notifica para a realização de manifestações, a estrutura governativa, no caso os governos provinciais, regra geral é já para ofender os órgãos de soberania, em especial o Presidente da República”, disse.
“Quando, por exemplo, uma manifestação já vem fazer apanágio à guerra, já está a ferir a lei e esta diz que a polícia pode, e a todo momento, impedir que uma manifestação do género se realize”, vincou.
Ângelo Tavares referiu que, na maior parte dos casos, essas manifestações procuram mesmo criar confrontos com a Polícia Nacional.
O ministro fundamentou ainda que essas manifestações visam criar instabilidade para permitir a intervenção do ocidente.