Curiosas No Brasil: Adolescente com uma perna implora amputação da outra 

No Brasil: Adolescente com uma perna implora amputação da outra 

Uma adolescente brasileira de 15 anos de idade, sem um dos membros inferiores, está a implorar aos cirurgiões, para cortar o outro membro que lhe resta para que ela possa correr mais rápido e competir nos Jogos Paraolímpicos.

Trata-se de Danielle Bradshaw que decidiu ter sua perna direita removida em 2010, depois que uma doença congénita a deixou com sequelas no membro. Na altura com apenas 11 anos de idade,  chocou amigos e familiares, ao pedir os médicos para remover a perna aleijada, para que ela pudesse realizar seu sonho de praticar o atletismo.

Nesta operação a adolescente foi  equipada com uma prótese, facto que fez com que ela abandonasse sua cadeira de rodas e começasse a desfrutar de desportos pela primeira vez em sua vida.

Ela começou a correr 100 metros rasos, e em pouco tempo já estava competindo como uma atleta deficiente.

Com vista a concretizar seu sonho de participar na competição  dos jogos Paraolímpicos na modalidade de atletismo Danielle Bradshaw implora para que seja amputada sua segunda  perna.

A jovem começou a correr em uma quadra de Pistorius, no estilo “running”, mas segundo explica esse processo é muito constrangedor, pois a pressão sobre a sua perna boa está causar lhe dor constante.

No momento Danielle Bradshaw quer que sua perna esquerda, que está com dedos deformados e danos nos tendões, seja substituída por forma a livra-la de certos constrangimentos e garantir sua participação em  eventos de nível superior.

Entretanto Darren Quigley, padrasto da  adolescente  afirmou que apesar de esta ser uma decisao triste podera livrá-la de muito sofrimento. “Nós sempre pensamos que ter uma perna saudável seria bom, mas nos últimos dois anos ela tem tido muitas dores e lesões. Ela está tomando medicação diária, utilizando tornozeleira, e ainda tem uma placa sob o joelho para apoiá-la. Mas seu rendimento está piorando”, disse.

Danielle, de Tameside, Greater Manchester, nasceu com displasia de desenvolvimento de ambos os quadris e joelho direito. A condição significava que seus quadris se deslocariam com frequência e sua perna direita seria instável.

Aos dois meses de idade, os médicos cortaram os tendões de sua perna e a operaram mais de 12 vezes em uma tentativa de melhorar a sua qualidade de vida.

Mas, apesar de seus melhores esforços, ela foi forçada a ficar em uma cadeira de rodas e só conseguiu sair com a ajuda de muletas.

Danielle ganhou várias medalhas, incluindo o ouro e a prata no Campeonato Athletic da Inglaterra, e agora voltou sua atenção para os Jogos Paraolímpicos do Rio, em 2016.

A família da jovem está à espera de uma decisão do hospital sobre a amputação do outro membro.