Sociedade Realizam-se dois enterros na mesma cova em Bedene

Realizam-se dois enterros na mesma cova em Bedene

Devido a falta de espaço no cemitério de Bedene, na Machava Socimol em Maputo, os gestores daquela “ultima morada” estão a usar uma “técnica” que não colhe consenso a vários níveis, a qual consiste em duplicar enterros na mesma cova.

O fenómeno, estranhamente está a ser encarado de forma natural pelos trabalhadores daquele cemitério que exumam corpos, cavando com mais profundidade e colocando mais abaixo os primeiros restos mortais e sobrepor os recentes.

Este processo ocorre sem o conhecimento dos familiares das “almas em descanso” naquela “última morada”, o que se prevê que poderá gerar alvoroço nos próximos tempos se mediadas visando acabar aquela pratica que já ganha espaço não forem tomadas.

O período recomendado para a exumação de corpos é de cinco anos, mas no cemitério de Bedene este pressuposto está a ser completamente ignorado, alegadamente por falta de espaço, conforme salientam os trabalhadores.

Os coveiros ouvidos pela reportagem do diário “Noticias” deram a conhecer que a sobreposição é algo normal numa situação em que o cemitério já não possui tanto espaço como antes para a realização normal de funerais, dai que eles recorrem a prática de exumação e/ou sobreposição.

 “Nós fazemos isso nas campas em que os donos já não aparecem para cuidar e que se encontram com capim alto há muito tempo, para podermos garantir o aproveitamento do espaço”, explicou um dos coveiros.