Sociedade Saúde Governo desmente existência de xarope contaminado no País

Governo desmente existência de xarope contaminado no País

O Ministério da Saúde (MISAU) e a Organização da Saúde em Moçambique vieram a público, na tarde desta quarta-feira, desmentir as informações postas a circular na tarde de ontem, segundo as quais circulam no mercado nacional xaropes contaminados por uma substância “mortífera”. Segundo as duas instituições, existe, sim, um alerta mundial da existência de xarope contaminado, mas o referido fármaco não entrou em Moçambique.

O inspector-geral de Saúde, Martinho Djedje, fazendo-se acompanhar pelo representante da Organização Mundial da Saúde em Moçambique, Daniel Ketesz, disse à Imprensa que o xarope contaminado por “Levometophan” não entrou no mercado nacional e que o alerta enviado pela OMS era mundial.

“Nós recebemos nos finais de Outubro um alerta por parte da OMS, informando que houve um alerta mundial dizendo que a fábrica indiana “Konduskar Laboratories” teria produzido xaropes contaminados por um produto designado “Levometophan” e das diligências que fizemos constatamos que este produto contaminado não entrou no nosso País”, disse o inspector-geral de Saúde.

Martinho Djedje explicou que o “Dextromethorphan” é uma substância muito usada no fabrico de xaropes e o que contaminou estes medicamentos foi o “Levometophan” e esta contaminação aconteceu em apenas uma fábrica a “Konduskar Laboratories” da India, que não exporta medicamentos para o nosso País.

Sobre os casos de morte reportados por alguns órgãos de comunicação social, Djedje disse que as mortes registaram-se em países que receberam o produto e não em Moçambique “ Este laboratório teria distribuído este produto em alguns países, um dos quais foi o Paquistão onde foi reportado 50 mortos no início deste ano e no Paraguai onde se registou uma morte”, avançou Martinho Djedje.

O representante da OMS em Moçambique confirmou que o alerta que lançaram foi a nível mundial e tinha como intuito informar às autoridades de saúde sobre a circulação de um medicamento que quando ingerido em quantidade excessivas é “mortífero”.