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Perigando a saúde pública e o ambiente: Recipientes de pesticidas continuam a entrar no país

Esta situação põe em perigo a saúde pública e o ambiente, visto que estes recipientes são comercializados sobretudo nos mercados informais sem terem passado por um tratamento adequado.

Informações prestadas por Samson Cuamba, do Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA), dão conta que estas embalagens são na sua maioria importadas da África do Sul e a Suazilândia.

Para travar o problema, a nossa fonte entende que o Governo, sector privado, sociedade civil e demais pessoas interessadas no assunto devem tomar medidas enérgicas com vista a desencorajar a importação deste tipo de mercadorias, isto a bem da saúde pública e do meio ambiente.

“Continuamos a ter grandes importações de recipientes e outras embalagens vazias importadas principalmente da África do Sul e Suazilândia que estão contaminados com produtos químicos. Se formos a visitar alguns mercados informais iremos ver cidadãos a venderem plásticos, tambores e baldes contaminados com pesticidas e outros produtos químicos”, diz Samson Cuamba, sublinhando que os mesmos representam um grande perigo, uma vez que nunca se sabe que tipo de produtos tinha sido armazenados neles. “E a população está a usar essas embalagens como reservatórios de água para o consumo e também guardam neles alguns produtos alimentares, o que é bastante perigoso”, indica.

Perigando a saúde pública e o ambiente: Recipientes de pesticidas continuam a entrar no país

O nosso interlocutor explica ainda que, no âmbito da Convenção de Basileia sobre o Movimento Transfronteiriço de Resíduos a importação ou circulação destes recipientes é proibida, daí “a necessidade de se accionar todos os mecanismos possíveis no sentido de garantir o maior controlo ou mesmo proibir a entrada daqueles que são considerados altamente perigosos para a saúde pública e o ambiente”.

Sobre até que ponto o ambiente estaria afectado, Samson Cuamba disse ser, por enquanto, difícil de determinar o nível de contaminação ambiental causado por esse problema. Contudo, garantiu existirem estudos específicos em curso que irão determinar o nível de poluição das principais componentes ambientais, designadamente água, solo e ar.

“Esses estudos estão em elaboração e na devida altura serão tornados públicos para o conhecimento de todos”, assegurou.