O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, que é também chefe do Governo, exonerou na segunda-feira o primeiro-ministro, Aires Ali, nomeando para o seu lugar o governador da província de Tete, centro do país, Alberto Vaquina.
As mudanças no governo envolveram ainda a exoneração de quatro ministros, mais dois governadores e um vice-ministro e a designação de outros tantos titulares das pastas que sofreram mexidas.
Reagindo sobre a remodelação, o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga minimizou as alterações, observando que “o que está errado é a máquina do partido no poder e não as pessoas”.
“Não vai mudar nada, é tudo farinha do mesmo saco, ali (na Frelimo), os interesses do partido sobrepõem-se à competência das pessoas”, sublinhou Fernando Mazanga.
Para Fernando Mazanga, as mudanças no Governo reflectem a vaidade de Armando Guebuza, pois elas acontecem depois de ter sido reeleito com cerca de 100 por cento dos votos no X Congresso da Frelimo, para mais um mandato de cinco anos.
“Ele (Armando Guebuza) quer mostrar que tem poder e estas mudanças podem ser parte de manobras para influenciar o processo de escolha do seu sucessor. Não é por acaso que tirou do Governo um primeiro-ministro tido como presidenciável e meteu ministros que entraram para a Comissão Política no Congresso de Pemba”, realçou Fernando Mazanga.